Soneto da Saudade
Tristes tuas mãos acenam,
como o canto da despedida.
As íris do meu olhar brilham,
com lágrimas de amor pela minha partida.
Ainda vejo o teu corpo rosado,
de pétalas finas como a cândida flor.
Ainda sinto teu beijo molhado,
envolvendo-me no tálamo de amor.
A bruma da solidão adormece, sem dor.
Os nossos corações declamam-se,
silenciosamente, singelos poemas de amor.
E nos falam: eu estarei saudoso à tua espera,
aos pés do inefável crepúsculo vespertino.
Cantar-te-ei ao som nupcial da primavera.
Sanches Figueiredo
Rio de Janeiro - RJ
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