A poesia faz subir o nível das pessoas, pois ela é a expressão da arte e da beleza que habita em cada um de nós. Sou um pequeno beija-flor, sem asas, que tenta vooar pelo céu azul da poesia.
Pôr-do-sol
terça-feira, 12 de abril de 2011
Escola de Realengo - O Amor das Flores não Feneceu
O Amor das Flores não Feneceu
Neste instante, sem fim,
o nevoeiro sombrio da dor,
ainda cobre o meu e outros tantos jardins.
Eles ficaram áridos, vazios e sem cores,
com a partida precoce das inocentes flores.
O meu coração,
ainda está transbordando de tristeza
e chora lágrimas rubras.
O meu corpo, lutuoso,
ainda sente o golpe lancinante,
atirado pelo infame veneno dos humanos,
nos pequenos e indefensos manos.
O cerne da minha alma,
ainda diante de tal visão horrenda,
continua, em genuflexo,
orando em sufrágio das meninas e meninos
do nefasto massacre da escola de Realengo
e por todos aqueles que sofrem e choram por amor.
Cada jovem flor que partiu,
deixou uma mensagem viva e colorida
aos corações, insensatos, das criaturas.
É hora de palmilhar pelos cerros silentes
e de ouvir o som invisível dos ângelus!
É tempo de olhar, docemente, para o céu
e de cantar, suavemente, a paz com fervor.
Os jardins voltarão a florir,
pois cada flor que feneceu,
pacificamente, deixou para nós,
meus irmãos,
o seu plácido amor,
para ser imprimido no cerne do coração
Sanches Figueiredo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário