Pôr-do-sol

Pôr-do-sol
Lá vou eu, em mais um final de tarde atraente, atrás do por-do-sol, receber suas cores na minha mente. Cidade de Videira - SC

segunda-feira, 24 de maio de 2010

RIO DE JANEIRO - ONDE ESTÃO AS ROSEIRAS?

ONDE ESTÃO AS ROSEIRAS?

Chamam-te de cidade maravilhosa,
meu querido Rio de Janeiro.
E és tão belo, como os antigos sambas-enredo.

Eu sou o beija-flor, neste vôo pioneiro,
em busca de uma resposta, um sonhador.
Abro as asas sem asas pelo céu azul,
à procura de quem simboliza o amor.

Passo pelo magnífico Maracanã
e ouço o grito hexa-campeão
da empolgante torcida do Flamengo...
O tapete verde da Tijuca
me envolve, numa bruma de emoção.
Chego à zona sul
e pouso no Cristo Redentor.
Avisto a inesquecível Ipanema,
com as suas mulheres douradas, morenas,
embaladas pelo doce balanço do mar.
E as silhuetas inesquecíveis
da Lagoa Rodrigues de Freitas a me guiar.

São tantos outros lindos cenários,
vistos deste abençoado relicário...

Sigo meu vôo até o Pão de Açúcar,
avisto outra beleza estonteante da natureza,
a encantadora Copacabana,
princesinha do mar, é majestade, é realeza.

Mas, onde estão as roseiras?

Neste vôo entre tantas serras,
outrora verdejantes, não se via guerras,
nem chumbos perdidos, massacrantes.
Já não consigo encontrar as roseiras
nas praças, nos jardins de cada lar, como antes.

As rosas estão prisioneiras,
não exalam seus perfumes de sutileza
entre os homens, sufocados por ramas de pedras...
Até a saudade daqueles tempos
calmos, que não voltam mais,
passa por mim como o vento.
Mas as rosas não desaparecerão do meu coração, jamais!
Jogarei pétalas poéticas de esperança
sobre ti, meu Rio de Janeiro.
E as roseiras voltarão, no futuro, com as nossas crianças!
As rosas não falam, já dizia Cartola.
Mas logo estarão pelos caminhos da cidade maravilhosa.

Sanches Figueiredo
Rio de Janeiro - RJ

quinta-feira, 20 de maio de 2010

CARLA

Minha querida sobrinha, desejo sucesso na tua profissão. Seja feliz! E o mundo será mais feliz!

Carla

Festivas, as estrelas refletem o encanto,
que reluz do teu coração, Formosa Flor.
Tuas finas pétalas são um acalanto,
convergindo corações para o suave amor.

O saber é uma busca constante...
Assim, mais uma meta se findou.
Luta árdua, mas contagiante.
Teu sonho, por mérito, se realizou.

Tiveste outras mães, em sentimento.
E juntos, proclamamos aos céus, em poesia,
graças por este áureo acontecimento!

Carla, servir é o teu dom, foste escolhida!
Que as mãos Divinas possam te conduzir,
na vereda da medicina, que é a tua vida!

Sanches Figueiredo - Rio de Janeiro/RJ

terça-feira, 18 de maio de 2010

O CÂNTICO DA LUA

O Cântico da Lua
Inspirado em fato real

Como se juncasse de poesia todos os corações,
como se soubesse que, dos céus, o amor ainda vem,
o poeta chegou para declamar seu poema
e iluminar a noite do seu bem.

Mas algumas vozes, surdas ao cântico da lua,
por conta de velhos hábitos, toscos e pobres,
estavam presas a abatidos costumes...
Desdenharam de um sentimento tão nobre.

E as pétalas de seu canto,
foram jogadas ao abandono, visivelmente.
Declamou o seu poema, como um pranto
colhido na romântica lua...Inutilmente...

Na noite em que as estrelas conduziam à harmonia.
Na noite em que os homens ofuscaram a sua poesia.

Esta noite não voltará no tempo.
Porque o poeta segue a trilha da canção.
Faz verter o amor das folhas secas, sem coração.
E suas palavras, amanhã, poderão ser um alento.

A luz poética da lua brilha eternamente,
irradiando amor pelo universo,
resistindo a todo sentimento adverso.
Só o amor é digno de puro gesto.

E os que não vivenciam,
nem se entregam ao som lunático do amor,
permanecerão sem conhecer a ternura,
sem alcançar a tão desejada ventura.
Quando a tristeza se tornar uma rotina infinda,
viverão rodeadas..., mas, interiormente, sozinhas.

Sanches Figueiredo
Rio de Janeiro, RJ

sexta-feira, 14 de maio de 2010

SONETO

Soneto

Deus pede hoje estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas como dar, sem tempo, tanta conta
Eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta.
Não quis, tendo tempo, fazer conta.
Hoje quero fazer conta e não há tempo.

Oh! Vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo em fazer conta.

Pois aqueles que sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, se não der tempo.

Frei Antônio das Chagas (1631-1682)

À VIRGEM DO MEIO-DIA


À Virgem do meio-dia

É meio-dia.
Vejo a igreja aberta e entro.
Mãe de Jesus Cristo, não venho rezar.
Nada tenho a oferecer, nem a pedir.
Venho simplesmente, Mãe, te olhar.
Te olhar, chorar de felicidade,
tomar consciência de que sou teu filho e que estás aí.
Desejo passar um instante contigo,
no meio do dia, quando tudo parece parar.
Meio-dia!

Quero ser teu, Maria, nesse lugar em que estás!
Nada dizer, apenas olhar teu semblante.
Deixar o coração cantar a sua própria linguagem.

Nada dizer, apenas cantar,
por ter o coração repleto de júbilo.
Cantar como o melro que exprime
suas idéias em versos improvisados.

Porque é meio-dia,
porque estamos neste dia de hoje!

Paul Claudel

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DIA DE EMOÇÃO E REFLEXÃO


Dia de emoção e reflexão
Transcrevo o artigo da minha irmã Marcelina Figueiredo, publicado no Jornal de grande circulação na cidade de Belém - PA,pelo dia das Mães.

Segundo domingo do mês de maio, “Dia das Mães”, dia de reflexão e emoção.

Há filho que se reúne e se confraterniza com sua mãe todos os dias, mesmo que seja por meio de linha telefônica, pedindo a sua benção, perguntando se está bem de saúde; há filho que faz esta confraternização neste único dia do ano (2º domingo de maio), e há filho que não se confraterniza porque sua mãe já está na pátria celeste. Mas, essas mães têm endereço, podem receber visita com orações.

A mãe é o centro das atenções.
O filho nasce, cresce, adquire conhecimento e sabedoria, graças à dedicação e ao seu amor incondicional.

Mas antes e depois do dia predestinado para esta comemoração, que ação o filho deveria ter junto à mãe? Pois na hora de externar o sentimento de filho, a distância nunca deve ser o limite. Afinal, tudo passa e se não ficarmos atentos, pode ser que o amanhã seja tarde. Mães vêm e mães se vão, os sentimentos ficam e seremos para elas eternamente filhos.

Hoje é mais um dia das mães: dia de abraçar, sorrir, beijar e de regar o jardim.
E a partir de amanhã?

O filho lembrará de demonstrar amor à mãe todos os dias? De ser mais presente na vida dessa Santa pessoa, mesmo que seja por milésimos de segundos, ouvindo a sua voz? De estar presente fisicamente antes da ida ou, quem sabe, depois do trabalho, da faculdade, etc?

Dom Alberto Taveira, Arcebispo de Belém, em sua belíssima homilia na Sexta-feira Santa, “O sermão das sete palavras”, enfatizou: “Deus predestinou todos a serem santos e imaculados e para não nos desanimar colocou Maria à frente como exemplo a ser seguido“.

Filhos! Vamos, a partir de hoje, transformar o dia das mães em eterno, ou melhor, todos os dias. Mas para que isto aconteça temos que ser indubitavelmente mais presentes, atenciosos, tolerantes, tranqüilos, harmoniosos, ter a mesma paz e o mesmo amor que tanto ela sente por nós.

Obrigada, mãe.
Simplesmente, obrigada.
Felicidades a todas as mães!

Marcelina Figueiredo
Belém - Pará