Pôr-do-sol

Pôr-do-sol
Lá vou eu, em mais um final de tarde atraente, atrás do por-do-sol, receber suas cores na minha mente. Cidade de Videira - SC

sexta-feira, 30 de abril de 2010

SONETO DA SAUDADE

Soneto da Saudade

Tristes tuas mãos acenam,
como o canto da despedida.
As íris do meu olhar brilham,
com lágrimas de amor pela minha partida.

Ainda vejo o teu corpo rosado,
de pétalas finas como a cândida flor.
Ainda sinto teu beijo molhado,
envolvendo-me no tálamo de amor.

A bruma da solidão adormece, sem dor.
Os nossos corações declamam-se,
silenciosamente, singelos poemas de amor.

E nos falam: eu estarei saudoso à tua espera,
aos pés do inefável crepúsculo vespertino.
Cantar-te-ei ao som nupcial da primavera.

Sanches Figueiredo
Rio de Janeiro - RJ

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tempo de Amar

TEMPO DE AMAR

O tempo é do ser presente,
que não cogita o futuro
e nem rodeia o passado...

O tempo é daquele
que aspira o desejo coerente.
Que vive o hoje, o agora sempre amado.
Pois a vida passa rápido,
como cada hora vivente.

O tempo é o instante vivido,
no anseio de te enamorar.
E o silêncio não me acorrenta,
nem me tira o tempo de te amar.

Ainda que o tempo corra,
cantarei meu amor, por inteiro.
Por mais que o passado morra,
eu te cultivarei no meu interior
com a fragrância suave do amor verdadeiro.

Meu amor transcende
as horas e os dias.
O tempo não furtará minha voz,
pois ela se reacende nas asas da poesia.

Portanto, o teu silêncio,
a tua palavra, a tua alegria,
a tua entrega,
o tempo não poderá me roubar.
E se o dia de hoje é o tempo presente,
o meu maior presente é te amar.

Sanches Figueiredo
Rio de Janeiro - RJ

domingo, 11 de abril de 2010

Flor de Lis

FLOR DE LIS

Sinto que a vida inteira esperei
para bordar este poético momento.
E, em versos, tuas cores contemplarei,
sem a ânsia de contar o tempo.

Formosas flores, de seus ninhos
desperta o amor na alvorada.
Respiro essa essência de carinho,
enlevando meu coração à amada.

Sei que brotam nas rochas distantes,
mas são puras e de beleza divinal.
Sabem extrair do adubo, o importante,
a seiva de tudo que lhes é essencial.

Não deixam que o azedume da terra,
Macule o frescor de suas pétalas.
Espargem fragrâncias de primavera.
Têm o brilho de raras pérolas.

Seus ciclos são transparentes véus
e o tempo pela Terra é passageiro...
Mas o cerne da beleza sobe aos Céus,
sem fenecer a missão do amor verdadeiro.

Renascem para colorir o jardim da vida,
na tristeza ou na alegria.
Flores, sempre serão as preferidas,
dos olhos líricos da poesia.

E, ao teu lado, imarcescível flor de lis,
nem as vicissitudes, nem as intempéries mais duras,
mancharão a minha alma e o meu coração feliz,
pois é de ti que extraio o néctar da ternura.

Sanches Figueiredo
Rio de Janeiro - RJ

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Rosa dos Céus













Rosa dos Céus
Dedico à minha irmã Maria Tereza Figueiredo

A bondade, que vi em teu espontâneo gesto,
também vi nos olhos de nossa mãe, revivida.
Vi, ainda, o teu amor, fraterno e modesto,
enfeitar o jardim da nossa vida.

Nenhum prêmio, jamais concebido,
suplanta a singeleza da gratidão.
Meu olhar também cintila agradecido
e te tece os versos desta canção.

A bondade é a rosa do Infinito:
colore a alma, refrigera o coração
e o seu aroma é sempre bendito.

Cândidas e perfumadas rosas de amor,
tu ofertas, com ternura, aos teus irmãos,
bordadas por tuas férteis mãos de flor.

Sanches Figueiredo - Rio de Janeiro/RJ